Lendas
As lendas sempre estiveram presentes no imaginário do povo guabirabense que acredita em fantasma, assombração, rezas, catimbó.
O Sítio Encantado:
Segundo a lenda, o sítio encantado costuma aparecer no Sítio Onça, Colina, Cocóis, Várzea Alegre, Cana Verde, Capivarinha e Brilhante.
Andando pela zona rural de Barra de Guabiraba, às vezes você pode ser surpreendido, aparece de repente um sítio com árvores e frutos de os tipos: Lá tem pitomba jabuticaba, cana, caju, jaca, cajá, melancia, azeitona, jenipapo, laranja, abacaxi, pitanga, mamão, coco, acerola, siguela, araçá, jambo, abacate e guabiraba.
No sítio encantado, a pessoa come chupa as frutas até fartar, mas se tentar trazer tudo, desaparecerá.
A Almofada de Ossos:
Entre as localidades de Sirinhaém e a Cachoeira do Galo, principalmente na antiga barragem de Sirinhaém, aparecia uma almofada de ossos. Ela era encantada nas estradas, assustando às pessoas que passavam por lá. Contam também que ela aparecia no terreiro da antiga casa do senhor Osmar, onde era feita a secagem do café. Outros dizem tela visto no Engenho Caga Fogo e em Alexandria.
Ao aparecer, a almofada estremece estalando todos os ossos e dando um forte gemido. Os que viam a almofada, assustavam-se ficando mudo, paralisado, todo arrepiado e acabava desmiando de medo. Conta a lenda que se alguém pegar o saco e abrir, todos os ossos se transformam em ouro. Os ossos que estalam e o gemido como se fosse uma pessoa é um segredo.
A Pedra Dourada:
Infinitamente bela, gigantesca, majestosa, bonita e misteriosa, assim é a Pedra Dourada, de longe vê-se um reino no belo rochedo como se fosse uma muralha, onde se abrem janelas à meia noite aparecendo a realeza.
Lá aparecem belas princesas, alguém que já viu e pelo que o povo diz são as filhas do rei, que nunca saíram de lá, pois o reino é encantado. As belas propriedades vão de Guabiraba ao Bonito, é grande a extensão do império e cada propriedade é como se fossem os súditos. Aí há um tesouro lindo com muita prata, ouro, esmeraldas, rubis, safiras e diamantes. Quando a noite chega uma janela se abre, uma princesa fica à espera de um jovem para desencanta-la. Certo dia ocorreu, que um caçador viu a janela, foi ver o que era, ao ver a linda princesa esta lhe perguntou o que ele queria. Ele viu tanta coisa bonita e luxuosa, e viu também uma espingarda muito bonita e falou que queria aquele instrumento para caçar muitos animais. O homem ganhou a espingarda e o reino desapareceu, nunca mais ninguém o viu.
A Cachoeira do Galo:
Conta o povo, segundo a tradição, que Barra de Guabiraba é lugar de reino encantado, com reis e rainhas e belos tesouros a serem desvendados.
Antigamente existia, um reino com seu castelo encanto, por isso permanece viva a lenda da cachoeira do galo. À meia noite aparece acima da cachoeira um galo cantando e batendo às asas, também aparece um tacho de ouro com pedras preciosas flutuando na água. Aparece também um caboclo pescando e cantando, por essas horas se alguém aparecer no local e tentar pegar. O caboclo grita não! A pessoa se assusta, olha só vê o porão. Ver-se porta e janela no rochedo se abrir, aparecem príncipes, rei e rainha que por algum tempo permanece, se alguém se aproximar desaparece e o mato cresce. Se alguém mergulhar no rio, e for até o porão, não traz outra coisa, a não ser areia e carvão.
Certo dia um pescador viu levantar-se o castelo, nele apareceu uma moça lhe chamando atenção. Disse-lhe: - pescador venha buscar um tesouro que te dou, desencanta-nos que te dou o que tu precisares. Ao que disse o pescador: - Isso tudo é ilusão, dos teus tesouros não preciso, deixa-me de mão, és coisa do demônio em figura de cristão. No terminar das palavras, tudo desapareceu, nunca mais se viu castelo.
Essa notícia corre o Brasil inteiro, e agora se encontra no folclore brasileiro.
A mulher de Branco ou a Noiva:
A mulher que anda nas ruas da Barra aparece de repente depois da meia-noite. Costumava aparecer na antiga Rua da Salgadeira (Burarema), costumava andar por todas às ruas da cidade, finalizando seu percurso no cemitério, onde desaparecia ao lado de alguma catatumba. Ela andava em busca do seu noivo, mas se encontram-se um homem, ela o seguia, quanto mais rápido a pessoa andasse, mais ela também andava se aproximando da pessoa, e ia ficando bem feia e crescendo da altura de um poste, dando a impressão de que ia caindo sobre a pessoa, que desmaiava e só acordava ao amanhecer
O Arco-Íris e o Pote de Ouro:
Conta-se que no final do arco-íris há um pote de ouro, sempre ele aparece às margens de rios e lagos para beber água, se ma pessoa conseguir chegar perto dele e pegar o pote de ouro, fica muito rico, e se alguém passar por baixo do arco-íris, vira mulher, e se for mulher vira homem.
Comadre Fulôzinha:
Essa é uma figura que aparece nas matas da região, dizem que ela costuma fazer tranças nas crinas e nos rabos dos cavalos, costuma fazer que com que as pessoas se percam nas matas.
